NO CORAÇÃO DAS COISAS DO ESPÍRITO II
(Ou Quando as Coisas do Espírito Falam ao Coração)
Há coisas que as palavras não dizem. Há sentimentos que voam na noite, como setas de fogo... De coração a coração, iluminando os céus. De espírito a espírito, por entre os planos da vida e além da mente.
Há coisas que os sentidos não percebem. Algumas delas, muito boas. Outras, nem tanto. As boas iluminam a consciência e abrem caminhos... As outras tapam o discernimento e escurecem o coração.
Há coisas que os homens fazem a si mesmos, sem noção do perigo. Como deixar o próprio espírito entorpecido e o coração seco. Como viajar pela vida sem pensar e sem sentir, perdido em suas dores. Como "viver sem viver", automaticamente, sem vitalidade na jornada.
Há coisas que ninguém diz, mas todos sentem, de alguma maneira. Faixas escuras que apertam o coração incauto e angustiado. Pensamentos intrusos que invadem a mente com idéias negativas. E energias estranhas que chegam, sorrateiramente, e roubam o bom humor.
Há coisas obscuras rondando a aura** dos homens, e muitos sofrem com isso. No entanto, há aqueles que vêem e sentem o invisível diretamente. E se escoram na Luz, para iluminar a consciência e abrir os caminhos... Ligam-se ao Alto, em espírito e verdade, para seguir em frente...
Há coisas que a mente não entende, pois transcendem o seu limite. Mas alguns sabem voar nas asas da prece, para além das estrelas. Sabem unir seu pequeno coração ao Grande Coração do Eterno. Sabem que viver não é só viver, é muito mais do que isso.
Há coisas que ninguém explica, mas muitos sentem. Como caminhar com um grande amor num pequeno coração. Como valorizar a vida, rir de uma piada e ver o Eterno nisso. Como se sentir gente, mesmo sendo espírito.
Há coisas que são consideradas do "Além", mas que estão por aqui mesmo. Elas falam, não com palavras, mas com a força da vida, que jamais acaba na morte. E há coisas daqui, que, muitas vezes, viajam ao "Além", fora do corpo... Viagens espirituais, que poucos conhecem, mas muitos fazem, mesmo sem lembrar.
Há coisas que bloqueiam a felicidade e chamam a dor e o vazio. Como o ódio e o desejo de vingança, que permitem às faixas escuras apertar o coração. Como perder a própria canção no imenso concerto da vida universal. Como entorpecer o espírito com fortes doses de arrogância.
Há coisas que são simples, mas de grande efeito no céu do coração. Como orar e vigiar, ligado ao Alto, preenchendo a aura de luz, pela força da vontade. Como meditar nas palavras de Jesus, profundo conhecedor do coração dos homens: "De que adianta a uma pessoa ganhar o mundo, se ela perder sua alma?"
Há coisas luminosas que chegam de mansinho, no centro do coração espiritual. Presenças sutis e amorosas, que falam das coisas do céu aos homens de boa vontade. Que falam de outros planos e estimulam as ações sadias e a valorização da vida. Elas falam de um Grande Amor que está em tudo!
Há coisas que as palavras não dizem. Setas de fogo varam a escuridão da noite, por entre os planos da vida... E os corações se encontram, aqui e além, no Grande Coração do Ancião dos Dias. Não há morte. A chama da vida está em todos os planos. E o Todo está em tudo!
Há coisas tão grandiosas na Luz, que não há palavras que as descrevam com justiça. Quem escuta a canção do Eterno em seu próprio coração, sabe disso. O espírito reconhece o espírito. Assim como o Amor reconhece o Amor, e chama a Luz. Mas, como muitos já sabem, isso não se explica, só se sente, só se sente, só se sente... P.S.: Às vezes, o Céu fala aos homens por meio de outros homens. Em outras, diretamente ao coração. Ou ainda, pela música***, ou pelos sonhos, durante o sono. E, para muitos, pelas meditações, ou pelas viagens espirituais para fora do corpo físico****.
De todo modo, a mensagem é sempre a mesma, para todos: "VIVE, AMA, COMPREENDE, SORRI E SEGUE..."
(Essas linhas são dedicadas a todos aqueles que se atrevem a viver carregando um Grande Amor em seus pequenos corações, e que jamais se perdem espiritualmente, pois escutam a canção do Eterno, mesmo em meio aos percalços e ruídos do mundo. A todos esses, de todas as linhas e lugares, que se atrevem a falar das coisas da Luz, mesmo em meio às diversas pressões e incompreensões, tudo de bom, em nome do Grande Arquiteto Do Universo).
Paz e Luz. -
Wagner Borges - São Paulo, 21 de julho de 2008.
domingo, 23 de janeiro de 2011
Estrela Oculta
Quando a tempestade da cólera explode no ambiente, despedindo granizos dilacerantes,
vemo-la por antena de amor, isolando-lhe os raios,
e se o temporal da revolta encharca os que tombam na estrada sob o visco da lama,
ei-la que surge igualmente por força neutralizante, subtraindo o lodo e aclarando o caminho...
Remédio nas feridas profundas que se escondem na alma, ante os golpes da injúria, é bálsamo invisível, lenindo toda chaga.
Socorro nobre e justo, é a luz doce da ausência, ajudando e servindo onde a leviandade arroja fogo e fel.
Filha da compaixão, auxilia sem paga impedindo a extensão da maldade infeliz...
Ante a sua presença, a queixa descabida interrompe-se e pára e o verbo contundente empalidece e morre. Onde vibra, amparando, todo ódio contém-se, e o incêndio da impiedade apaga-se de chofre...
Acessível a todos, vemo-la em toda parte, onde o homem cultiva a caridade simples, debruçando-se, pura, à maneira de aroma envolvente e sublime, anulando o veneno em que a treva se nutre... Guardemo-la conosco, onde formos chamados, sempre que o mal reponte, delinqüente e sombrio, porque essa estrela oculta, ao alcance de todos, é a prece do silêncio em clima de perdão. Livro: Paz e Renovação
Emmanuel / Francisco Cândido Xavier
vemo-la por antena de amor, isolando-lhe os raios,
e se o temporal da revolta encharca os que tombam na estrada sob o visco da lama,
ei-la que surge igualmente por força neutralizante, subtraindo o lodo e aclarando o caminho...
Remédio nas feridas profundas que se escondem na alma, ante os golpes da injúria, é bálsamo invisível, lenindo toda chaga.
Socorro nobre e justo, é a luz doce da ausência, ajudando e servindo onde a leviandade arroja fogo e fel.
Filha da compaixão, auxilia sem paga impedindo a extensão da maldade infeliz...
Ante a sua presença, a queixa descabida interrompe-se e pára e o verbo contundente empalidece e morre. Onde vibra, amparando, todo ódio contém-se, e o incêndio da impiedade apaga-se de chofre...
Acessível a todos, vemo-la em toda parte, onde o homem cultiva a caridade simples, debruçando-se, pura, à maneira de aroma envolvente e sublime, anulando o veneno em que a treva se nutre... Guardemo-la conosco, onde formos chamados, sempre que o mal reponte, delinqüente e sombrio, porque essa estrela oculta, ao alcance de todos, é a prece do silêncio em clima de perdão. Livro: Paz e Renovação
Emmanuel / Francisco Cândido Xavier
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